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Notícias da Igreja Católica

22º Domingo do Tempo Comum - Meditação orante de Mateus Mateus 16, 21-27

Data: 26/08/2020

Se alguém quiser vir atrás de mim, renegue a si mesmo.

Jesus e seus discípulos estão a caminho de Jerusalém. Jesus desenvolve uma espécie de teologia da doação ou «crucificação» cristã através de três afirmações. A primeira (v.24) tem como tema a cruz e é um convite explícito para aceitar também o martírio como Cristo e reflete a situação da Igreja de Mateus, perseguida pelo judaísmo. A segunda afirmação (v.25) está relacionada com o paralelismo «salvar-perder», «perder - encontrar». A renúncia e a doação não são finalidades em si mesmas, mas estão orientadas para o «encontrar» o «tesouro» do reino *Mt 13,44). Doando tudo, se encontra tudo numa dimensão definitiva. A última afirmação (v. 26) está alicerçada numa terminologia de tipo econômico («vantagem», «ganho», «perder», «troca») e retoma o tema querido ao Cristo da decisão radical. Nenhuma realidade, também a mais maravilhosa, pode ser comparada ao grande dom da própria pessoa inserida no reino de Deus.

Este texto é continuação imediata da profissão de fé de Pedro (Mt 16, 13-20). Jesus, em Cesareia de Filipe, lugar pagão por excelência, fez uma pequena enquete entre seus discípulos, perguntando o que as pessoas pensavam d’Ele e depois perguntando diretamente quem fosse Ele para seus discípulos. Este fato deu a Pedro a ocasião de reconhecer Jesus como o Cristo, o filho do Deus vivo. Trata-se da primeira pedra sobre a qual Jesus inicia a construir a sua Igreja.

No texto deste domingo, Jesus inicia sua construção, anunciando aos seus discípulos que é necessário para ele ir a Jerusalém, sofrer por causa dos chefes de Israel, ser morto e depois ressuscitar. O nascimento da Igreja deve passar através do dom da vida de Jesus, dom que vai acontecer de maneira cruenta.

Este discurso demasiado duro para os discípulos, em particular para Pedro, que apesar da grande revelação recebida antes, rejeita este anúncio demasiado fora de lógica , demasiado distante das nossas lógicas humanas. Jesus repreende Pedro e depois acrescenta alguns ensinamentos aos discípulos: para segui-lo é necessário “carregar a cruz”, perder a própria vida por causa dele. As lógicas dos homens são completamente reviradas pela mensagem e pela vida de Jesus.

Naquele tempo: 21Jesus começou a mostrar a seus discípulos que devia ir à Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia.

Pedro acabava de reconhecer que Jesus era o Cristo, o Messias esperado por Israel. A partir deste momento, Jesus começa a explicar aos discípulos a maneira como teria realizado o seu ser Messias, o seu ser como descendente de Davi. É necessário (como tinham anunciado as Escrituras) que Ele suba à cidade sagrada, Jerusalém. Ele subirá no trono de Davi, mas este trono é um trono de sofrimento. Também Davi sofreu muito, mas não foi morto de maneira violenta. Jesus será morto, porque Ele não é só rei dos judeus, mas também profeta (cfr. “Jerusalém, Jerusalém que matas os profetas”, Mt 23, 37). É desta maneira que Jesus vai realizar o seu ser Messias.

22Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: 'Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!'

Pedro pega Jesus e o afasta do grupo e o repreende, exatamente como se faz com as crianças. Pedro ainda não entendeu o que significa porá Jesus ser o Cristo.

23Jesus, porém, voltou-se para Pedro, e disse: 'Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus mas sim as coisas dos homens!'

Jesus manda imediatamente Pedro ficar em seu lugar: atrás de mim! O discípulo não pode fazer do mestre um joguete, de acordo com sua maneira de ver as coisas. A realidade do sofrimento e da morte faz parte da obra de Cristo, queira ou não queira Pedro.

Existe uma mudança radical na situação de Pedro. Ele tinha sido definido pedra sobre a qual o Senhor teria fundado a sua Igreja, agora é satan, aquele que é ocasião de tropeço, é chamado ainda pedra de tropeço, porque não permite a realização do projeto de Deus. Ainda: ele que tinha recebido do Pai a revelação sobre a verdadeira identidade de Jesus, neste momento não pensa como Deus, mas pensa como os homens. É uma das características de Pedro ir até o fim em suas ideias e em suas manifestações, seja no mal seja no bem.

Isto nos lembra que o verdadeiro fundamento da Igreja é o próprio Jesus, a interpretação do messianismo que ele mesmo destacou com seu ensino, mas sobretudo com sua morte e ressurreição. Não se pode construir sobre um alicerce diferente (1Cor 3,11). É Cristo a pedra preciosa colocada como fundamento da nova cidade de Sião, enquanto que para os que não têm fé é uma pedra de tropeço, uma pedra de escândalo (1Pt 2,6-8).

24Então Jesus disse aos discípulos: 'Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga.

Jesus falou sobre seu destino e depois envolve na mesma sorte também seus discípulos. Não existe outro caminho a não se este apontado pelo próprio mestre. A Pedro foi ordenado voltar e andar atrás de Jesus (opiso mou). A mesma expressão, Jesus utilizou no primeiro encontro com ele. E agora repetindo a ordem para segui-lo (opiso mou) Jesus aprofunda o alcance deste seguimento: deve renegar a si mesmos, renuncias às suas ideias sobre Jesus (o que Pedro evidentemente não tinha feito) e seguir o exemplo do Mestre. O que significa? Significa carregar a cruz. Todos os judeus conheciam a maneira desumana que os romanos usavam com os condenados à morte. Eles eram pregados na cruz, mas antes eram vilipendiados e humilhados pelas ruas de Jerusalém até chegar ao lugar do suplício, carregando nos ombros a própria cruz (ou pelo menos o eixo transversal). Tudo isto vai acontecer com Jesus. Com estas palavras Ele aponta a seus discípulos seu sofrimento salvífico, que também eles terão que assumir.

25Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la.

Esta frase é claramente paradoxal: pode-se salvar a própria vida só quando se assume o risco de perdê-la, enquanto será perdida é que se poderá salvá-la. O verbo “encontrar” (heurisko) é o mesmo que é utilizado para o homem que acha um tesouro no campo ou a pedra preciosa. Está relacionada com o sentimento de alegria.

26De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida?

Neste versículo encontramos duas expressões. A primeira é “ganhar o mundo inteiro”: lembra a terceira tentação de Jesus nos deserto (Mt 4,8). Também a reprimenda a Pedro: “Fica atrás de mim, Satanás”, lembra como Jesus venceu o tentador e, afinal, a última tentação de Jesus foi exatamente a de se salvar com as próprias forças, descendo da cruz.

A segunda expressão “o que o homem dará em troca de sua vida?” encontra-se no Salmo 49, 8-9, na versão dos Setenta. O homem não é dono de sua vida: se a perde, correndo atrás de vantagens fúteis, não é capaz de “resgatá-la”, de tê-la de volta, pagasse também todo o ouro do mundo.

27Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta.

Este versículo, em grego, inicia com um “de fato”, mas não se entende a que o relacione com o versículo anterior. Aí se falava do seguimento, aqui se aponta a profecia da volta do Filho do homem como Juiz. A relação está naquilo que fará este juiz escatológico: “dará a cada um de acordo com suas ações”. Neste contexto o agir exigido é um só: Seguir Jesus. Foi apenas afirmado que o homem não pode salvar por si só. Não é um problema de “boas obras”. A obediência exigida pelo Filho é o seguimento do Messias em seu destino de sofrimento e de entrega da vida. O homem será pois julgado de acordo com sua atitude em relação a Jesus.

Para a reflexão e a atualização:

● Por que Pedro se tornou ocasião de escândalo para Jesus? Qual é o significado literal da palavra “escândalo”?

● O que significa neste texto “carregar a própria cruz”?

● O que significou ou o que significa ainda hoje para mim “perder a minha vida”?

● Sobre o que serei julgado?

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