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Notícias da Igreja Católica

Papa: “A maternidade nunca será um problema. É um presente maravilhoso”

Data: 16/01/2018

Santiago do Chile, 16 jan (SIR) – “A maternidade nunca será um problema, é um presente, um dos mais maravilhosos presentes que podeis ter...”. Papa Francisco abraça mulheres e crianças detentas no “Centro Penitenciario Femenino” de Santiago, tempos atrás confiado às religiosas da Congregação do Bom Pastor. É uma penitenciária feminina com capacidade para 885 lugares mas atualmente tem uma população de 1400 mulheres, que cometeram vários delitos, alguns deles graves, e que apresenta vários problemas por causa da superlotação. Aí vivem quase 45% das mulheres detentas de todo o país.

À sua chegada duas detentas com suas crianças ofereceram flores a Francisco. Uma delas conversa bastante com ele, comovida e tendo em seus braços a sua filha. Uma detenta está grávida e Bergoglio apoia sua mão sobre a barriga para abençoar o pequeno. Em seguida, a pé, o Papa entra no ginásio coberto da instituição, onde estava sendo esperado por uma representação de 500 presas. Muitas conseguiram saudá-lo e todas seguravam nas mãos seus lenços brancos. Queriam segurá-lo o mais possível. O Papa abraçou tantas crianças presentes, que vivem com suas mães.

Já no palco, Francisco ouviu as palavras de boas vindas da religiosa responsável nacional da Pastoral Carcerária da Igreja chilena e depois de uma detenta Janeth, que pediu “perdão a todos aqueles que ferimos com os nossos crimes”. E pediu ao Papa para “Interceder para que o sistema judiciário chileno modifique o tratamento carcerário das mães de crianças menores”.

As detentas preparam m hino unindo frases que teriam gostado de dizer ao Papa e que escritas em cartões coloridas enfeitavam o teto do ginásio coberto. “Um dia mais de vida um dia menos de pena. A tua visita é a minha alegria, pastor com cheiro das ovelhas! Obrigado, Francisco, irmão!” Bergoglio seguiu o canto lendo as palavras que estavam impressas numa folha que lhe foi entregue.

Tomando a palavra, o Papa agradeceu Janeth por ter partilhado “com todos nós suas dores e aquele corajoso pedido de perdão. Como temos que aprender desta tua atitude cheia de coragem e humildade! Obrigado porque nos lembras esta atitude sem a qual nos desumanizamos, perdendo a consciência de termos errado, e que todos os dias somos chamados a recomeçar”.

O papa citou a frase de Jesus “Quem de vós é sem pecado lance a primeira pedra contra ela”. “Quando falo – acrescentou fora do texto – peço às pessoas que existe alguém que não pecou. Nunca vi alguém levantar a mão!” “Ele, Jesus, com convida – acrescentou – a abandona a lógica simplista de dividir a realidade me bons e mais, para entrar na outra dinâmica capaz de assumir a fragilidade, os limites e também o pecado, para nos ajudar a ir adiante”.

Em seguida, Francisco lembrou que foi recebido na entrada por duas mamães com seus filhos e com flores. E apresentou uma breve reflexão sobre três palavras: mãe filhos e flores.

“Muitas de vós são mães – disse Bergoglio – e sabeis o que significa dar a vida. Soubestes ‘levar’ em vosso seio uma visa e destes à luz vossos filhos. A maternidade nunca será um problema, é um presente, um dos maiores presentes que podeis ter; Hoje estais diante de um desafio muito semelhante: trata-se ainda de gerar vida. Hoje nos é pedido dar à luz o futuro. De fazê-lo crescer de ajuda-lo a se desenvolver. Não só para vós, mas para os vossos filhos e para toda a sociedade. Vós, mulheres, tender uma capacidade incrível de vos adaptar nas situações e continuar a caminhar”.

“Ninguém de nós é uma coisa, ninguém de nós é um número, não sou um detento tal...”, disse deixando de lado o discurso.

“Ser privadas da liberdade – acrescentou o Pontífice – não é a mesma coisa que ser privadas de dignidade. A liberdade não se tira a ninguém. Se protege e se cuida, se acaricia... Por isso é preciso lutar contra todo tipo de clichê, de ideia que afirma não ser possível mudar, ou que não adianta ou que o resultado é sempre o mesmo”.

Em relação aos “filhos”, Francisco observou que eles “são força, são esperança, são símbolo. São a lembrança viva que a vida se constrói olhando adiante e não para trás. Hoje estais privadas da liberdade, mas não se pode dizer que esta situação seja definitiva. Nada disso. Sempre olhar o horizonte, adiante, na reinserção na vida normal da sociedade”.

Francisco citou a situação dos cárceres: “Todos sabemos que muitas vezes, infelizmente, a pena do cárcere se reduz muitas vezes um castigo, sem oferecer meios adequados para ativar processos. E isto não é correto”. Bergoglio valorizou como “sinal de esperança e de futuro” os programas “de aprendizagem no trabalho e de acompanhamento para recompor os laços. Procuremos para que cresçam”.

“A sociedade tem a obrigação de vos reinserir todos!”, acrescentou fora do texto. “E quando falo todas, digo cada uma. Isto colocai-o na cabeça e exigi-o!”

Por fim, a palavra “flores”: “Acredito que seja assim a vida que floresce, que a vida consegue a nos oferecer sua maior beleza: quando conseguimos trabalhar juntos uns com os outros para fazer com que a vida vença, que seja sempre cada mais forte”.

“A dignidade – concluiu deixando de lado o texto – se contagia mais que que a gripe. A dignidade gera dignidade”.

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